A rotina do porto de Santa Fe na Argentina é marcada por um eterno ir e vir de caminhões que entram e saem transportando toneladas de mercadorias. Uma imagem comum e pouco chamativa, que se altera quando uma pequena mulher desce de seu caminhão Volvo de forma cuidadosa, e com uma mão ela se segura a porta, enquanto com a outra sustenta com grande destreza um bebê.
Esse é o caso da caminhoneira Cielo Patat, da região de Colônia Avellaneda, que há quatro anos trabalha com caminhões. “Desde pequena eu dirijo veículos, inclusive o caminhão de meu pai”, relata Cielo, que apesar da pouca idade e da pouca estatura, manobra o caminhão com grande habilidade.
“Eu estive na faculdade até completar 21 anos, estudei agronomia, e quando tive idade para tirar a carteira de motorista profissional deixei a faculdade e embarquei no caminhão”.
O trabalho como caminhoneira veio do gosto em acompanhar o pai. Hoje essa tradição se repete, já que Cielo leva seu pequeno Indiano, um bebê de dois meses de vida, junto em todas as viagens que faz.
Para poder viajar com o filho, ela precisou organizar a cabine e instalar um bebê-conforto, para que o filho possa viajar seguro. O caminhão se tornou o quarto do pequeno Indiano, com pelúcias e outras coisas comuns às crianças, e Cielo viaja pelas regiões de Colônia Avellaneda e Porto de Santa Fé se dividindo entre a vida de mãe e de motorista.
Vivendo em uma profissão dominada por homens, a jovem que tem apenas 25 anos conquistou respeito e admiração de todos. Cielo trabalha apenas em rotas curtas, e logo após começar a dirigir o bebê dorme. Por mais que alguns sejam contra trabalhar e levar o bebê junto, Cielo diz que precisa trabalhar, e que trabalhou também quando estava grávida.
Fonte: Uno Entre Rios
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