quarta-feira, 18 de maio de 2016

Estudo Feito Com Mais De 300 Empresas Do País Aponta Novo Aumento Na Diferença Entre Frete Cobrado E Custos Do Transporte Rodoviário De Cargas.


A diferença entre custos do transporte rodoviário de cargas e o valor do frete praticado no mercado é de 12,9%. O número é fruto de pesquisa realizada com mais de 300 empresas do setor de transporte rodoviário de cargas em todo país e debate durante o Conselho Nacional de Estudos em Transporte, Custos, Tarifas e Mercado – CONET –, ocorrido em São Paulo nesta quinta-feira (28).

Embora o resultado seja menor do que o mesmo período do ano anterior (14,11%), ainda representa um aumento com relação a última pesquisa realizada em agosto de 2015 (10,14%). Apesar do principal objetivo da sondagem desenvolvida pelo Departamento de Custos Operacionais, Estudos Técnicos e Econômicos da NTC&Logística (DECOPE) ser o entendimento de como o transportador está estabelecendo o frete, foi possível constatar também que 75,8% dos entrevistados apresentou queda no desempenho financeiro de 0,1 a 10% no ano passado. 

Ainda de acordo com a pesquisa, 83,6% dos empresários não recebe fretes em dia e 78% dos entrevistados está pessimista com o ano de 2016, não esperando nenhum crescimento e até diminuição de mercado.



O histórico da defasagem nas últimas pesquisas costuma trazer números maiores no início do ano e uma diminuição ao término desse. De acordo com José Hélio Fernandes, isso se dá até pela conscientização do empresário após a primeira divulgação. “Sempre reforçamos a importância da participação do empresário em eventos como o CONET para que possa se informar sobre as taxas que merecem atenção na hora de gerenciar os negócios. 

Sabemos que o trabalho da entidade faz diferença, até mesmo pelos números da defasagem, que se modificam no decorrer do ano com mais conscientização. Por isso, também, a decisão de trabalharmos um evento logo no primeiro mês de 2016”, comenta Fernandes. 


A defasagem no frete tem sua origem tanto no acúmulo das defasagens ao longo dos anos quanto na inflação dos insumos que compõem os custos, com o combustível e a mão de obra liderando o ranking. Fora isso, o desconhecimento de todos os custos que devem ser considerados no cálculo também pesa na conta, de acordo com a pesquisa, por exemplo, 68,4% dos transportadores de carga fracionada desconhecem ou não cobram a TRT, Taxa de Restrição de Trânsito. 

A NTC apresentou no CONET também o estudo realizado pelo DECOPE sobre a variação média do INCT-F e INCT-L (Índice Nacional do Custo do Transporte de Carga – Fracionada e Lotação) no acumulado dos meses. Enquanto o primeiro aumentou 9,46% em 2015, o segundo subiu 9,01% no mesmo período. Entre os principais insumos, o óleo diesel teve aumento de 13,49% nos últimos 12 meses, e o salário de motoristas contabilizou 9% de aumento. 


Fonte: NTC&Logística

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