Não é só por aqui que os motoristas usam as rodovias para protestar. Caminhoneiros argentinos estão fechando rodovias e pedindo para que outros não peguem cargas nos próximos dias. As paralisações são em oposição a uma nova lei no país que reduziria a capacidade de carga de veículos de baixa potência.
Em alguns locais os bloqueios são muito parecidos com os brasileiros. Caminhões não passam, mas veículos de passeio e ambulâncias sim. Na região de Daireaux os protestos se intensificaram e agora só ambulâncias passam.
Por lá também quem não quer aderir ao bloqueio não tem muita escolha. Um caminhão teve inclusive sua carga derramada na pista.
Segundo os caminhoneiros argentinos, com preço do frete baixo, quando o motorista perde capacidade de carga, não consegue ganhar nem para cobrir os custos do veículo (soa familiar com algum outro País que vocês conhecem?). Ainda segundo um representante, 70% dos caminhões graneleiros em circulação hoje seriam afetados. O pior, segundo ele, é que nem vender esses caminhões seria possível, já que ninguém compraria um caminhão que não pode carregar quase nada.
A mudança é grande. Segundo o motorista entrevistado pela imprensa local no vídeo abaixo, um caminhão que hoje leva 30 ton, passaria a levar 15 ou 16 ton, ou seja, o motorista perderia metade de sua capacidade produtiva.
(Ative a legenda para facilitar o entendimento da entrevista, que está em espanhol)
A lei teria entrado em vigor segunda-feira, dia 16 de maio, mas por conta dos protestos, a medida foi provisoriamente suspensa e o governo blitz para conhecer e ter dados estatísticos sobre a frota argentina. Mas como a suspensão é apenas provisória e pode voltar no futuro, muitos motoristas seguem protestando.
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