Novas condições para financiamentos do Finame (bens de capital, ônibus e caminhões) e Finame Agrícola, que passam a vigorar em janeiro, preveem a ampliação da participação do banco no apoio às micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) e à aquisição de bens de capital eficientes de 70% para 80% do valor, financiado integralmente pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP); já para as grandes empresas, a participação do BNDES na aquisição de bens de capital aumentará de 50% para 70% do valor do bem.
A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou novas condições de financiamento do BNDES Finame (bens de capital, ônibus e caminhões) e Finame Agrícola, ampliando a participação do banco nos empréstimos, informou a instituição de fomento nesta terça-feira.
As novas condições, que passam a vigorar em janeiro, preveem a ampliação da participação do banco no apoio às micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) e à aquisição de bens de capital eficientes de 70 para 80 por cento do valor, financiado integralmente pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).
Segundo o BNDES, o custo dos financiamentos para as MPMEs será composto pelo spread básico de 1,5 por cento ao ano, acrescido da taxa de intermediação financeira de 0,1 por cento, além da taxa de risco de crédito cobrada pelo agente financeiro para as operações.
Já para as grandes empresas, a participação do BNDES na aquisição de bens de capital aumentará de 50 para 70 por cento do valor do bem, também a um custo de TJLP. Além do spread básico, a taxa de intermediação financeira para esse segmento será de 0,5 por cento ao ano.
No caso de compra de caminhões e ônibus, a participação do BNDES continuará em 70 por cento do valor do bem, mas a participação da TJLP na composição do custo será maior, de 70 por cento, com os 30 por cento restantes financiados a taxas de mercado. Até agora, o financiamento era realizado com 50 por cento em TJLP e os outros 50 por cento a taxas de mercado.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) elevou em meados do mês a TJLP para 7,5 por cento ao ano, nível que será válido para o primeiro trimestre de 2016.
O aumento da participação do banco acontece diante da profunda crise vivida pelo setor de caminhões, que acumula queda de 46 por cento nas vendas de veículos novos de janeiro a novembro, e de máquinas agrícolas, que têm queda nas vendas do ano até janeiro de 34 por cento, segundo a associação de montadoras, Anfavea.
A maior presença do BNDES também foi aprovada perto do encerramento do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), no final deste mês. O PSI vinha sendo desde sua criação em 2009 a principal fonte de financiamento de caminhões e ônibus no país, antes de o governo federal decidir não renová-lo diante da crise fiscal.
Fonte: Brasil 247
Nenhum comentário:
Postar um comentário