A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) divulgou o balanço da indústria no mês de novembro. A produção total de veículos no mês passado foi de 176 mil unidades, 14,2% menos do que em outubro (205 mil). Em comparação com novembro de 2014, a queda foi de 33,5%, quando foram produzidas 264,8 mil unidades.
já os emplacamentos em novembro cresceram 1,6% (195,2 mil veículos em novembro ante 192,1 mil em outubro). Em comparação com novembro de 2014, houve baixa de 33,8% (na época foram colocadas nas ruas 294,7 mil unidades).
No acumulado do ano, a produção chegou a 2,287 milhões de unidades, 22,3% menos do que em 2014, quando saíram das fábricas 2,942 milhões de veículos. O melhor ano do Brasil em produção foi o de 2013, com 3,482 milhões de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus fabricados no período entre janeiro e novembro daquele ano. Segundo o presidente da Anfavea, Luiz Moan, no momento a indústria voltou ao patamar de 2005.
CAMINHÕES E ÔNIBUS
O setor que mais teve queda nas vendas e produção foi o de caminhões com que de 18,1% em relação ao mês anterior, de 61% em comparação com novembro de 2014 e baixa de 46,5% no acumulado de janeiro a novembro de 2015 em comparação com o mesmo período de 2014.
Segundo Luís Carlos Moraes, vice-presidente da Anfavea e diretor de relações institucionais da Mercedes-Benz, o mercado de caminhões vinha com vendas médias mensais de 6 mil unidades. Com o fim do Finame PSI em 26 de outubro, o seu teórico retorno em 13 de novembro e fim definitivo em 27 de novembro, a média mensal caiu para 4.200 unidades. Isso ocorreu porque, na prática, o Finame PSI só funcionou na última semana de novembro e as mudanças deixaram o mercado confuso em sem condições de agir.
"Já são três anos consecutivos que o BNDES muda as regras do Finame constantemente, confundido cada vez mais o mercado. Esperamos um mês de dezembro pior do que foi novembro e o mercado terá que se acostumar com a ideia de que agora em diante teremos quem trabalhar com o Finame TJLP”, comenta Luís Carlos Moraes.
No segmento de ônibus, foram licenciados 0,7% a mais em novembro (891 unidades) do que em outubro (885 ônibus). Com relação a novembro de 2014, a queda foi de 61,9% (891 em 2015 vs. 2.338 em 2014). No acumulado de janeiro a novembro deste ano (15.495 unidades) foi 38,4% menos do que no mesmo período de 2014 (25.158 ônibus).
2016 MAIS ESTÁVEL
Não há expectativas para que o mercado volte a crescer, devendo ficar no mesmo patamar de 2015. Por outro lado, nos últimos dois meses ouve uma estabilidade no volume de vendas diário de veículos (em torno de 9 mil unidades/dia). “Se essa estabilidade continuar em 2016, pelo menos poderemos trabalhar com previsibilidade e programação”, ressalta Luiz Moan.
EMPREGOS
Já o nível de emprego na indústria automobilística caiu ao nível de 2008, apesar da produção ter caído ao nível de 2005. Isso significa que as empresas seguem com muito mais trabalhadores que do precisam na esperança de não perder a mão de obra especializada quando o mercado voltar a crescer. Em 2013, as montadoras empregavam 158,7 mil funcionários. Este ano, encerrará com 131,2 empregados, sendo 40 mil ociosos mas protegidos pelo PPE (Programa de Proteção do Emprego).
Fonte: Divulgação
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