A troca de óleo regular é um dos procedimentos mais importantes para assegurar o desempenho do veículo, já que a lubrificação adequada reduz o atrito entre as peças dentro do motor, garantindo a potência. A explicação é do consultor técnico da TOTAL Lubrificantes do Brasil, Fábio Silva.
“O motorista precisa estar atento à importância e o controle da troca do óleo para manter o veículo em boas condições de uso. Sem isso, a saúde do motor corre perigo e prejuízos podem acontecer”, alerta. Confira oito dicas produzidas pelo consultor.
1- Óleo de qualidade não envelhece e pode ser utilizado por muitos anos.
MITO – Todos os lubrificantes possuem um período de troca pré-determinado pela montadora do veículo e informado no manual do proprietário. O que define a periodicidade da substituição é a quilometragem ou prazo do produto no motor do veículo. Quando a troca é determinada pela quilometragem, normalmente, está relacionada com o tipo de condução do motorista e a localidade (“cidade/estrada”). No caso da substituição por período, quando o veículo não atingiu a quilometragem estipulada pela montadora, também é necessário realizar a troca do óleo, pois o lubrificante oxida-se em contato com o oxigênio e na presença do calor (condições normais dos motores), além de contaminar, o que faz com que o óleo perca suas propriedades.
2- O óleo recomendado pelo fabricante do veículo é sempre a melhor opção na hora da troca.
VERDADE – Sim, e sempre deve ser seguida a recomendação do fabricante do veículo, que indicam características técnicas importantes a serem seguidas como: viscosidade e o nível de desempenho do lubrificante. A viscosidade do lubrificante pode ser identificada na embalagem, conforme normatização da SAE – Sociedade de Engenharia Automotiva. Óleos multiviscosos são os mais comuns para motores automotivos. Sabe-se que 75% do desgaste do motor ocorrem no momento da partida, em função dos poucos segundos que o motor trabalha a seco, sendo assim, neste momento é essencial que o lubrificante flua o mais rápido possível para lubrificar o motor. Esta é a importância de se utilizar produtos com viscosidade menor no momento da partida, e é uma tendência para os novos projetos, cada vez mais a presença de lubrificantes de baixas viscosidades e que atendam as exigências para redução de consumo de combustível e emissão de gases poluentes. Por isso é extremamente importante seguir a viscosidade recomendada pela montadora. Quanto maior a numeração presente na embalagem do produto, mais viscoso é o óleo. Outra informação importante no momento da escolha do óleo é o nível de performance que é definido pelos institutos específicos, como por exemplo: API (American Petroleum Institute), ACEA (Association des Constructeurs Européens d’Automobiles), ILSAC ( International Lubricants Standardization and Approval Committee).
3- Todos os óleos lubrificantes são iguais e podem ser utilizados em qualquer tipo de motor.
MITO – Os lubrificantes não são todos iguais. Existem diferenças de viscosidade e pacote de aditivos, que estão relacionados ao desempenho do produto. Para cada tipo de veículo existe uma especificação de óleo a ser utilizado. O consumidor deve sempre verificar a recomendação da montadora no manual do proprietário.
4- Não posso misturar óleo sintético ou semissintético ao mineral.
DEPENDE – Em casos de emergência a mistura pode ser realizada. Mas, esta prática é recomendada apenas em casos de força maior. Os lubrificantes sintéticos ou semissintéticos possuem óleos básicos com características superiores aos óleos minerais. A mistura entre eles gera um desbalanceamento da formulação e, em alguns casos, perda de viscosidade e aditivação, fatores que podem comprometer o desempenho do óleo e deficiência de lubrificação no moto.
5- Aditivos melhoram o desempenho do motor.
VERDADE – Os aditivos fazem parte da formulação do produto e melhoram o seu desempenho quando de acordo com as regulamentações API/ACEA. Os aditivos “avulsos”, que são comercializados no mercado, não são recomendados pelos fabricantes de lubrificantes, pois todos os óleos de boa qualidade são formulados com a quantidade de aditivos necessária para que o produto desempenhe perfeitamente sua função. O uso de aditivos errados pode desbalancear a formulação do óleo, ocasionando borra ou, em casos extremos, lubrificação ineficiente do motor.
6- O motor deve estar frio na hora de verificar o nível e quente na hora da troca de óleo.
VERDADE – Para medir o nível do óleo é importante aguardar, aproximadamente, 10 minutos após parar o veículo para que o óleo retorne ao Carter, fazendo com que a leitura seja precisa com relação ao volume. Para trocar o óleo é importante que o motor esteja quente, pois desta forma, o produto flui com mais facilidade e carregue com ele a sujeira do motor para que a troca seja realizada rapidamente. Lembrando apenas que o nível correto do óleo é entre o máximo e o mínimo da vareta, ou seja, não se deve manter o nível próximo a nenhuma das extremidades da vareta.
7- Óleo bom é aquele que não baixa o nível e não precisa de reposição e nem fica preto.
MITO – É normal que baixe o nível do lubrificante durante o uso do veículo, pois no momento da lubrificação do pistão, um pequeno volume de óleo é “queimado” juntamente com o combustível. Essa redução é esperada em qualquer veículo, mas é preciso ficar atento se o consumo do óleo estiver alto, pois pode significar alguma falha mecânica no motor e o ideal é procurar um mecânico. O óleo consumido deve ser reposto. Se o lubrificante ficar preto com o uso é sinal que está cumprindo corretamente sua função, que é a de remover as impurezas do motor e deixa-las ‘flutuando’ no lubrificante até o momento da troca. É extremamente importante que a sujeira esteja no óleo e não no motor para que não venha causar problemas.
8- As indústrias fabricantes de óleos lubrificantes devem obedecer a regulamentações, que visam garantir a qualidade e, sobretudo, a pouca agressividade dos produtos ao meio ambiente.
VERDADE – Toda empresa fabricante de lubrificante deve seguir as regulamentações na ANP (Agência Nacional de Petróleo), que regulamenta a produção, qualidade, níveis de desempenho, os óleos básicos e demais legislações referentes ao segmento. A Total Lubrificantes, por ser uma das quatro maiores empresas petrolíferas do mundo, conduz seus negócios de modo seguro, visando atender a legislação, além de possuir uma real preocupação com relação à qualidade e meio ambiente.
Fonte: O Carreteiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário