Motivados pela crise na indústria de caminhões pesados no Brasil, o Grupo Volvo desistiu do plano de comercializar uma nova marca de caminhões no país. A ideia era escolher entre Renault Trucks, Mack e UD para expandir sua linha com caminhões mais leves e acessíveis e balancear o portfólio da montadora que tem caminhões semipesados e pesados com preços e conteúdo tecnológico elevados.
O projeto, no entanto, caiu por terra em 2015, quando as vendas de caminhões da companhia diminuíram 64% na comparação com o ano anterior, para 6,7 mil unidades. As exportações ainda evitaram um resultado pior, já que responderam por 30% dos negócios da empresa, com 2,8 mil unidades, volume 10% maior que o de 2014. Os negócios em outros países da América Latina evoluíram puxados pela demanda do Peru, Chile, Argentina e Colômbia. A fábrica em Curitiba (PR) abastece cerca de 30 países.
Com isso, diante do cenário adverso, a companhia não planeja novo investimento para a operação local e vai concluir este ano apenas os aportes em curso. A montadora anunciou pacote de US$ 500 milhões em 2013 e outro de US$ 320 milhões em 2014. O montante atendeu às modernizações feitas na fábrica de Curitiba, além de ter sido aplicado na renovação da linha de caminhões.
Segundo Bernardo Fedalto, diretor de Vendas de Caminhões da Volvo, o mercado de veículos de carga no Brasil sofrerá uma queda de cerca de 15% em 2016, em comparação aos já muito fracos resultados de 2015.
Fonte: Transporta Brasil

Nenhum comentário:
Postar um comentário