José Stédile, do PSB gaúcho, defendeu os caminhoneiros que, ao longo de 2015, se mobilizaram para reivindicar melhores condições de trabalho para o setor. O deputado lamentou a insensibilidade do governo federal que, em vez de negociar, decidiu perseguir a categoria.
José Stédile: "Os caminhoneiros autônomos do Brasil fizeram uma paralisação para chamar a atenção da nossa Nação para a grave crise do setor: o baixo preço dos fretes, aliado ao aumento do valor do óleo diesel, está destruindo essa profissão. Pois o governo federal, ao invés de buscar uma solução para o problema, tomou uma atitude de completo desrespeito, decretando multas pesadas aos motoristas paralisados. Mas e quando outros movimentos sociais também trancam as rodovias federais por que não são tomadas as mesmas providências e as mesmas multas?"
Para José Stédile, a atitude do governo é uma retaliação à ousadia dos caminhoneiros que pediram mudanças profundas na administração federal.
Coordenador da Comissão Externa de Caminhoneiros, Celso Maldaner, do PMDB de Santa Catarina, defendeu a criação de um marco regulatório para o setor.
Segundo Celso Maldaner, além de acabar com a burocracia, o marco regulatório precisa atender não só os transportadores e motoristas, como também os caminhoneiros autônomos.
Celso Maldaner: "Setenta por cento de toda a produção é em cima de caminhões. Então, nós dependemos de ter uma regulamentação que regulamenta os transportadores; os próprios motoristas; principalmente também o caminhoneiro autônomo; os grandes embarcadores. Nós não temos uma legislação, hoje, que dá uma garantia para nenhum desses entes envolvidos. Então, acho que vai ser muito importante essa legislação."
Fonte: Agência da Câmara
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